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Microempresas: guia definitivo

Marcos Favero • 27 de junho de 2024

Administrar uma microempresa pode ser uma tarefa desafiadora, especialmente em um mercado competitivo e em constante mudança. Saber como categorizar, abrir, promover e gerenciar seu negócio é crucial para garantir a sobrevivência e o crescimento.


Este guia definitivo para microempresas oferece todas as informações necessárias para navegar pelas complexidades empresariais. Desde a classificação até as estratégias de marketing, gestão de projetos e finanças, você encontrará aqui as melhores práticas para otimizar seu negócio e alcançar o sucesso.


Quando um negócio é considerado microempresa?

Uma empresa é classificada como microempresa quando sua receita anual está dentro de uma faixa específica estabelecida por lei. Segundo os critérios atuais, uma microempresa deve ter uma receita anual de até R$ 360 mil ou empregar até 9 pessoas no comércio e serviços ou até 19 pessoas no setor industrial. 


Esse enquadramento é mantido mesmo que a empresa obtenha receitas adicionais provenientes de exportações, desde que não ultrapassem o limite de R$ 360 mil. Além de atender a esses critérios de receita e número de funcionários, a condição de microempresa confere benefícios e regimes tributários específicos. 


Esses regimes são fundamentais para o desenvolvimento e sustentabilidade das pequenas empresas, oferecendo vantagens que ajudam a reduzir a carga tributária e simplificar o cumprimento das obrigações fiscais.


Como abrir uma microempresa

Para abrir uma Microempresa (ME), é necessário seguir algumas etapas fundamentais, que envolvem desde a definição de aspectos técnicos até a organização da documentação e registro nos órgãos fiscalizadores.


1. Escolha sua contabilidade

O primeiro passo é escolher uma contabilidade de confiança. Exceto para o Microempreendedor Individual (MEI), todas as empresas precisam indicar um contador responsável pelo CNPJ. Um bom contador auxiliará na escolha das melhores opções jurídicas e tributárias, além de garantir que a empresa seja aberta corretamente.


2. Determine as atividades

Informe ao contador todas as atividades que a empresa pretende realizar. A escolha das atividades é essencial para garantir a regularidade da atuação no segmento desejado e pode influenciar na escolha do tipo jurídico e na adesão ao Simples Nacional.


3. Defina a natureza jurídica

A natureza jurídica determina as regras, obrigações e exigências que deverão ser seguidas. As naturezas jurídicas mais comuns para microempresas são:


  • Empresário Individual (EI)
  • Sociedade Limitada Unipessoal (SLU)
  • Sociedade Limitada (Ltda)


A escolha dependerá do número de sócios e da estrutura desejada para a empresa.


4. Escolha o regime tributário

As microempresas podem optar entre três regimes tributários:


  • Simples Nacional: Geralmente, a opção mais vantajosa para MEs, com alíquotas progressivas.
  • Lucro Presumido
  • Lucro Real


É importante considerar os impedimentos e regras específicas para cada regime. Por exemplo, empresas com sócios residentes no exterior não podem optar pelo Simples Nacional.


5. Separe a documentação

Organize a documentação necessária, que geralmente inclui:


  • RG e CPF
  • Comprovante de endereço
  • Certidão de casamento (se aplicável)
  • Cópia do IPTU ou documento do imóvel
  • Número do Recibo da Declaração de IRPF do sócio titular ou título de eleitor
  • Certificado digital e-CPF dos sócios (obrigatório em alguns estados)


Documentos adicionais podem ser necessários dependendo da atividade da empresa, como registros profissionais e laudos técnicos.


6. Registre a empresa

A formalização começa com a elaboração do contrato social ou requerimento do empresário, seguido da consulta de viabilidade para verificar a disponibilidade da razão social e a possibilidade de operação no endereço desejado. 


A Receita Federal deve ser informada sobre as atividades, natureza jurídica, sócios e outros dados através do Documento Básico de Entrada (DBE). O registro é então enviado à Junta Comercial, que criará o CNPJ.


Após esse processo, a empresa já estará formalmente registrada e sujeita às obrigações legais, mesmo que ainda não tenha iniciado suas operações.


Guia de marketing para microempresas

Ter uma presença digital sólida é crucial para o sucesso das microempresas nos dias de hoje. A presença online é a primeira impressão que os clientes em potencial têm do seu negócio, influenciando significativamente suas decisões de compra. A seguir, apresentamos algumas dicas essenciais para ajudar as microempresas a se destacarem no mundo digital.


  1. Fortaleça sua presença nas redes sociais: Escolha as plataformas certas para o seu público-alvo e compartilhe regularmente conteúdo relevante e cativante. As redes sociais são ferramentas poderosas para engajamento e podem aumentar a visibilidade da sua marca.
  2. Otimize seu site para os mecanismos de busca: Utilize palavras-chave relevantes e garanta uma navegação fácil e intuitiva para os visitantes. A otimização para mecanismos de busca (SEO) melhora a posição do seu site nos resultados de pesquisa, atraindo mais visitantes e potenciais clientes.
  3. Ofereça conteúdo exclusivo: Seja criativo e forneça aos clientes conteúdo exclusivo, como promoções especiais, e-books ou webinars. Conteúdos diferenciados não apenas atraem novos clientes, mas também fidelizam os atuais.
  4. Utilize o e-mail marketing: Mantenha contato regular com seus clientes por meio de newsletters e incentive-os a se inscreverem em sua lista de e-mail para receber campanhas de e-mail marketing. Esta é uma maneira eficaz de manter seu público atualizado sobre novidades, promoções e informações relevantes.
  5. Incentive recomendações dos clientes: Peça aos seus clientes que deixem avaliações positivas e compartilhem sua marca com amigos e familiares. As recomendações de clientes satisfeitos podem aumentar a credibilidade e atrair novos consumidores.
  6. Experimente a publicidade paga: Considere investir em anúncios pagos em plataformas como Google Ads e Facebook Ads para alcançar um público mais amplo. A publicidade paga pode trazer resultados rápidos e é altamente direcionável.
  7. Fique atualizado com as tendências: Esteja sempre atento às últimas tendências do marketing digital e adapte suas estratégias conforme necessário. O mundo digital está em constante evolução e acompanhar essas mudanças é fundamental para se manter competitivo.


Além dessas dicas, é importante monitorar e responder prontamente aos comentários e críticas dos clientes. Uma abordagem estratégica e consistente no marketing digital pode ajudar sua microempresa a se destacar e prosperar no mercado atual.


Guia de gestão de projetos para microempresas

A informatização tornou-se uma realidade indispensável para microempresas, permitindo o acesso a softwares de gestão de projetos que aumentam a eficiência e a produtividade. 


Com essas ferramentas, é possível criar tarefas, gerenciar projetos e acompanhar o desempenho da equipe de forma simplificada, o que é crucial para o sucesso em um mercado competitivo.


Atualmente, 35% dos microempresários já utilizam softwares para aprimorar processos e impulsionar vendas. Um sistema de gestão de projetos agiliza operações, reduzindo erros e economizando tempo e recursos, aspectos essenciais para a maximização dos resultados em empresas de menor porte.


Para escolher a ferramenta ideal, é crucial considerar alguns pontos-chave:



  • Simplicidade na operação: A ferramenta deve ser fácil de usar, evitando custos e treinamentos excessivos. Uma interface intuitiva facilita a adoção pelo time e minimiza o tempo de adaptação.
  • Diversidade de recursos: A ferramenta ideal deve integrar múltiplas funções em uma única plataforma. Isso inclui desde a atribuição de responsabilidades até o registro de avaliações e feedback dos colaboradores, permitindo uma gestão de projetos mais coesa e eficiente.


Com a ferramenta certa, sua microempresa pode alcançar novos níveis de organização e produtividade, garantindo que os projetos sejam concluídos no prazo, dentro do orçamento e com a qualidade desejada.


Guia financeiro para microempresas

Gerenciar as finanças de uma microempresa pode parecer desafiador, mas com o devido planejamento e organização, é possível assumir essa responsabilidade de forma eficaz. Contar com um profissional especializado pode fazer toda a diferença. A seguir, guiamos você por cada etapa para obter controle total sobre as finanças do seu negócio:


1. Analise a situação atual da empresa

Comece entendendo onde sua empresa se encontra atualmente. O balanço patrimonial é uma ferramenta essencial, pois divide os ativos (bens da empresa) e passivos (dívidas ou obrigações). Isso fornece uma visão clara da saúde financeira do negócio, permitindo uma gestão de fluxo de caixa eficaz.


2. Registre tudo

Utilize tecnologia para registrar todas as transações financeiras. Planilhas eletrônicas ou softwares de gestão são úteis para manter um controle eficaz e evitar erros. Registros precisos são a base para decisões financeiras informadas.


3. Faça projeções

Antecipe o futuro através de projeções financeiras. Considere a sazonalidade do seu negócio e prepare-se para períodos de baixa atividade econômica. Projeções ajudam a planejar investimentos e evitar surpresas desagradáveis.


4. Defina metas e objetivos

Estabeleça metas claras e realistas para o crescimento da empresa. Diferencie entre objetivos (marcos importantes) e metas (passos para alcançar esses objetivos). Metas bem definidas orientam as ações e mantêm o foco da empresa.


5. Monte um orçamento

Elabore um orçamento detalhado, considerando todas as despesas e receitas previstas. Isso ajudará a garantir que seus planos financeiros estejam alinhados com a realidade do negócio. Um orçamento bem estruturado é essencial para manter as finanças sob controle.


6. Faça um cronograma

Utilize um cronograma para organizar suas ações e evitar atrasos. Estabeleça prazos realistas para cada etapa do seu plano financeiro. Cronogramas ajudam a monitorar o progresso e a manter o negócio no caminho certo.


7. Calcule o preço correto dos produtos e serviços

Entenda os custos envolvidos na produção ou prestação de serviços e defina preços que cubram esses custos e gerem lucro. Considere também a concorrência ao precificar seus produtos ou serviços. Preços adequados garantem a sustentabilidade do negócio.


8. Defina a margem de lucro ideal

Encontre um equilíbrio entre competitividade e lucratividade ao definir sua margem de lucro. Evite preços muito baixos que comprometam a rentabilidade da empresa ou muito altos que afastem os clientes. Margens de lucro bem calculadas são essenciais para o sucesso a longo prazo.


9. Reduza custos

Identifique oportunidades de redução de custos em todas as áreas da empresa. Desde otimizar processos até negociar contratos, pequenas economias podem ter um grande impacto no resultado final. A redução de custos deve ser contínua e estratégica.


Seguindo esses passos e mantendo-se disciplinado em relação ao gerenciamento financeiro, você estará no caminho certo para o sucesso financeiro da sua microempresa. Um planejamento financeiro sólido não só garante a sobrevivência da empresa, mas também promove seu crescimento sustentável.


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O fim do ano traz consigo oportunidades valiosas para micro e pequenas empresas, como o aumento das vendas na Black Friday e no Natal. Porém, também é um período de despesas adicionais significativas: pagamento de 13º salário, contratação de funcionários temporários, confraternizações, e até mesmo despesas fiscais que precisam ser quitadas até o encerramento do ano fiscal. Sem um planejamento adequado, essas obrigações podem causar uma sobrecarga no caixa da empresa e afetar a saúde financeira para o início do próximo ano. A seguir abordaremos como a previsão de gastos e o controle rigoroso de despesas permitem que sua empresa mantenha a estabilidade financeira, garantindo que as operações futuras não sejam comprometidas. A importância do planejamento financeiro antecipado O planejamento financeiro é essencial para as empresas enfrentarem o aumento de despesas no final do ano sem comprometer sua saúde financeira. Nessa época, obrigações como 13º salário, férias coletivas, impostos e bônus exigem que o caixa da empresa esteja preparado para absorver esses custos. Com uma projeção financeira, as empresas evitam surpresas desagradáveis, garantindo que estejam organizadas para cumprir todas as obrigações sem recorrer ao crédito emergencial. Planejar financeiramente também abre oportunidades, como a possibilidade de aproveitar datas sazonais, investir em promoções, nas vendas de fim de ano e aumentar o estoque para períodos de alta demanda, como a Black Friday e o natal. Além disso, empresas que mantêm as finanças organizadas conseguem negociar melhor com fornecedores e têm uma relação mais sólida com seus colaboradores, cumprindo compromissos sem atrasos e fortalecendo sua reputação no mercado. Para um planejamento eficaz, é importante saber tudo sobre o controle de despesas com base em dados anteriores, definir metas de economia e utilizar ferramentas de gestão financeira para monitorar o fluxo de caixa. Contar com um contador especializado no final do ano também ajuda a evitar erros fiscais. Dessa forma, a empresa inicia o novo ano sem dívidas, com uma estratégia clara e uma base financeira sólida para crescer cada vez mais. Como criar uma reserva financeira para o final do ano Criar uma reserva financeira para o final do ano é essencial para evitar complicações, especialmente para micro e pequenas empresas. O processo começa com a análise de gastos dos anos anteriores, identificando despesas recorrentes como 13º salário e férias. A partir desses dados, a empresa pode definir um valor a ser reservado mensalmente, diluindo os custos ao longo do ano e garantindo que, ao chegar o período de maior demanda financeira, os recursos estejam disponíveis. Para manter a disciplina, é importante tratar a reserva como uma despesa fixa no orçamento mensal, separando parte dos lucros para uma conta específica destinada a esses gastos. Revisar o orçamento regularmente, ajustando a reserva conforme necessário, ajuda a manter a empresa preparada. Dessa forma, será possível enfrentar as obrigações de fim de ano com segurança e ainda aproveitar oportunidades estratégicas sem comprometer a saúde financeira.
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