Risco de liquidez: por que este tema é relevante para MPEs?
O risco de liquidez é um dos principais desafios enfrentados pelas Micro e Pequenas Empresas (MPEs). A falta de capital disponível pode comprometer a continuidade das operações, dificultando o pagamento de fornecedores, funcionários e outras despesas essenciais.
Muitas MPEs enfrentam dificuldades financeiras não por falta de demanda, mas por problemas na gestão do fluxo de caixa e na conversão de ativos em dinheiro rapidamente.
Pensando nisso, preparamos um artigo para explorar o conceito de risco de liquidez, seus impactos e estratégias eficazes para minimizar esse problema e garantir a sustentabilidade financeira do negócio.
O que é risco de liquidez?
O risco de liquidez refere-se à incapacidade de uma empresa de cumprir suas obrigações financeiras no curto prazo devido à falta de ativos líquidos.
Ele ocorre quando a empresa não consegue converter rapidamente seus ativos em dinheiro sem uma perda significativa de valor ou quando não tem acesso a recursos financeiros suficientes para cobrir suas despesas imediatas.
O problema afeta a capacidade operacional da MPE, podendo levar a atrasos no pagamento de fornecedores, dificuldades em obter novos empréstimos e, em casos mais graves, falência.
A falta de liquidez pode surgir de fatores internos, como má gestão financeira, ou externos, como crises econômicas.
Esse risco pode ser dividido em dois tipos principais:
- Risco de liquidez de mercado: que surge quando a empresa possui ativos que não podem ser vendidos rapidamente sem perda de valor substancial.
- Risco de liquidez de financiamento: risco relacionado à dificuldade de obter novos empréstimos ou recursos financeiros a tempo de cobrir obrigações iminentes.
Uma MPE que prioriza uma gestão eficiente da liquidez consegue garantir a estabilidade financeira do seu negócio e evitar situações de inadimplência ou falência.
Exemplos de risco de liquidez
- Atraso no recebimento de clientes: empresas que dependem de pagamentos a prazo podem enfrentar dificuldades para cobrir custos operacionais.
- Baixa disponibilidade de caixa: quando a empresa não possui reservas financeiras emergenciais suficientes para cobrir despesas urgentes.
- Endividamento excessivo: empresas que assumem muitas dívidas sem planejamento podem sofrer com a falta de recursos para honrar seus compromissos.
Como medir o risco de liquidez?
Para medir o risco de liquidez corretamente, é necessário acompanhar indicadores financeiros que mostram a capacidade do negócio de honrar seus compromissos no curto e longo prazo. Algumas das principais métricas incluem:
Índice de liquidez corrente
Mede a capacidade da empresa de pagar suas dívidas de curto prazo com seus ativos circulantes. É calculado pela fórmula:
Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante
Um índice acima de 1 indica que a empresa possui ativos suficientes para cobrir suas obrigações imediatas.
Índice de liquidez seca
Semelhante ao índice de liquidez corrente, mas exclui os estoques, pois eles podem não ser convertidos em dinheiro rapidamente. A fórmula é:
Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante
Esse indicador oferece uma visão mais conservadora da liquidez da empresa.
Fluxo de caixa operacional
Mede a quantidade de dinheiro gerada pelas operações da empresa, mostrando se o negócio consegue sustentar suas atividades sem depender de financiamentos externos.
Fluxo de Caixa Operacional = Receita Operacional - Despesas Operacionais
Um fluxo de caixa positivo indica que a empresa está gerando mais dinheiro do que gastando.
Além dessas métricas, é importante realizar projeções financeiras, analisar os prazos médios de recebimento e pagamento e monitorar a dependência de empréstimos. Dessa forma, a empresa pode antecipar problemas e adotar estratégias para minimizar o risco de liquidez.
Por que entender o risco de liquidez é tão fundamental para MPEs?
As MPEs, por possuírem menor acesso a crédito e capital de giro limitado, estão mais vulneráveis ao risco de liquidez. Compreender esse conceito é essencial para evitar dificuldades financeiras e garantir a sustentabilidade do negócio a longo prazo.
Como fazer o gerenciamento do risco de liquidez
Gerenciar o risco de liquidez exige um planejamento financeiro sólido e a adoção de estratégias para manter a empresa preparada para imprevistos. Algumas das principais ações para minimizar esse risco incluem:
- Elaboração de um fluxo de caixa eficiente, para monitorar de forma constante as entradas e saídas de dinheiro, projetando cenários para evitar surpresas financeiras;
- Negociação de prazos com fornecedores e clientes, ajustando prazos de pagamento e recebimento para manter um equilíbrio financeiro, garantindo que os recursos estejam disponíveis quando necessário;
- Diversificação das fontes de receita, reduzindo a dependência de poucos clientes ou produtos e ajudando a manter um fluxo de caixa mais previsível e resistente a oscilações do mercado;
- Construção de uma reserva de emergência, para manter um fundo de segurança que consiga cobrir despesas inesperadas e períodos de baixa receita;
- Acesso a linhas de crédito estratégicas, uma vez que estar preparado com opções de crédito pré-aprovadas pode ser essencial para cobrir necessidades financeiras urgentes sem comprometer a operação da empresa;
- Redução de custos operacionais, identificando e eliminando gastos desnecessários para melhorar a liquidez e a eficiência financeira do negócio.
Como se proteger do risco de liquidez?
Para evitar problemas de liquidez e garantir a estabilidade financeira do negócio, as MPEs devem adotar medidas preventivas e estratégias inteligentes de gestão financeira. A manutenção de um planejamento financeiro rigoroso, por exemplo, consegue monitorar constantemente as receitas, despesas e projeções financeiras para evitar surpresas.
A utilização de ferramentas de gestão financeira, como softwares de controle financeiro também ajudam a acompanhar o fluxo de caixa, otimizar pagamentos e prever períodos críticos.
Em relação ao orçamento, a revisão de custos operacionais e o corte de gastos considerados supérfluos podem melhorar a liquidez e fortalecer a saúde financeira da empresa.
Também, ter uma negociação estratégica com fornecedores para buscar melhores prazos de pagamento e condições especiais consegue aliviar a necessidade de um capital de giro imediato.
Outro ponto que demanda atenção e pode impactar a liquidez do negócio é a estratégia comercial. Negociações de prazos de pagamentos alongados e descontos acima da capacidade da empresa podem transformar vendas em um verdadeiro transtorno.
Por isso é fundamental o estabelecimento de uma política comercial e seu alinhamento com a equipe de vendas.
Como linhas de crédito protegem as MPEs de um risco de liquidez ameaçador
O risco de liquidez é um fator crítico para a sobrevivência das MPEs. A adoção de boas práticas de gestão financeira e o acesso a linhas de crédito estratégicas, como as oferecidas pelo BDMG, são fundamentais para garantir a estabilidade e o crescimento do negócio.
Com planejamento e controle adequado, é possível mitigar os impactos desse risco e fortalecer a empresa no mercado.
É por isso que no BDMG, o acesso ao crédito é fácil, rápido e sem burocracia, atendendo a todos os tipos de negócio e tamanhos de empresas em todas as regiões de Minas Gerais.
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