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Foco no empreendedorismo: como calcular o pró-labore

Marcos Favero • fev. 01, 2024

O pró-labore é a remuneração dada aos sócios de uma empresa. Dois são os erros mais comuns quando este assunto é abordado: o primeiro é não definir o pró-labore, de modo a misturar gastos pessoais e empresariais.


Em seguida, aparece o erro de não saber como calcular. Neste artigo, mostraremos de forma prática a importância de definir o pró-labore e, também, como realizar esse cálculo com assertividade.


Boa leitura!


Entenda a complexidade do salário do dono da empresa ou de sócios

No que tange ao pró-labore, há nuances e aspectos que não podemos ignorar, principalmente se estamos falando de micro e pequenas empresas que buscam uma saúde financeira robusta


Como determinar o valor do pró-labore? Não é tão fácil quanto parece. Precisamos
considerar o papel e as responsabilidades do sócio na gestão, o tempo que ele dedica e até ponderar o que ele ganharia em um cargo similar em outra empresa.


Falando em Brasil, não podemos deixar de mencionar as
questões fiscais. O regime tributário da empresa pode mudar totalmente o jogo quando se trata de pró-labore. É imprescindível estar atento às obrigações relacionadas ao INSS e Imposto de Renda.


E, mesmo que o caixa esteja apertado, não subestime a importância da consistência. Manter o pagamento do pró-labore ajuda a
separar o que é pessoal do que é empresarial, uma linha que nunca deve ser cruzada para uma gestão saudável.


Por fim, assim como em qualquer aspecto de um negócio, é necessário
reavaliar o valor do pró-labore de tempos em tempos. Mudanças no mercado, na empresa ou nas responsabilidades podem sinalizar que ajustes são necessários.


O que é pró-labore?

Pró-labore é a remuneração destinada aos sócios ou administradores de uma empresa pelo trabalho que desempenham. Ele compensa as atividades e responsabilidades desempenhadas no dia a dia do negócio. 


Embora seja comum em sociedades empresariais, é fundamental estabelecer seu valor com critério e clareza, levando em consideração as funções exercidas e o contexto da empresa. Além disso, tem implicações fiscais específicas e precisa ser tratado com atenção na gestão financeira.


Entenda as diferenças entre pró-labore e lucro


imagem mostra a diferença entre pró-labore e lucro

Você sabia que muitos empreendedores não percebem a diferença entre pró-labore e lucro? Entender essa distinção é crucial para manter as finanças em dia. Vamos descomplicar isso!


Quando falamos de
pró-labore, estamos nos referindo ao "salário" que sócios ou administradores levam por suas atividades na empresa. Não é apenas um pagamento; é uma compensação pelo seu suor e dedicação. 


Por outro lado, o
lucro é basicamente o que sobra no caixa após pagar todas as contas – uma espécie de recompensa pelo risco e investimento feito.


Em termos de periodicidade, o pró-labore costuma ter um ritmo: pode ser mensal, quinzenal ou conforme acordado. Já o lucro? Bem, ele é um pouco mais imprevisível. Pode ser distribuído trimestralmente, anualmente ou quando a empresa sentir que é a hora certa.


Agora, no campo da tributação, não podemos ignorar algumas diferenças. O pró-labore tem seus impostos, incluindo
retenções como INSS e, em certos casos, o Imposto de Renda. Por outro lado, uma boa notícia é que, em muitos cenários fiscais, distribuir lucros não implica em Imposto de Renda para os sócios. Um alívio, certo?


E, quanto à obrigatoriedade, enquanto o
pró-labore pode ser opcional, se estiver no contrato social, não tem escapatória: tem que pagar! Já o lucro? Se as coisas não forem bem e houver perdas, não espere lucrar naquele período.


Embora ambos pareçam recompensas financeiras, cada um tem seu propósito e regras. Mantenha-os em mente, e sua gestão financeira agradecerá!


Como calcular o pró-labore?

Definir o pró-labore pode ser um desafio e tanto na gestão empresarial. Estamos falando daquilo que sócios ou administradores levam pra casa em troca do seu suor derramado no negócio. A ideia é alinhar justiça, saúde financeira e um empurrãozinho motivacional. Vamos dar uma olhada em como fazer isso?


Analise a saúde financeira da empresa

Primeiramente, não se esquive dos números. Dê uma boa olhada no fluxo de caixa, balanços e onde mais o dinheiro aparece. Se a grana não estiver sobrando, não dá pra se comprometer além da conta, certo?


No mundo dos cálculos, temos algumas rotas:


  • Porcentagem das receitas: Vincular o pró-labore a uma fatia das receitas mensais faz com que o desempenho da empresa influencie diretamente no bolso. Assim, quando a empresa ganha, o sócio também ganha.
  • Benchmarking do setor: Dá uma espiada em como o mercado está pagando. Conhecer os valores praticados para cargos semelhantes ajuda a balizar o seu.
  • O que o sócio tá fazendo: Não posso ignorar a dedicação do sócio. Mais horas e responsabilidades? Talvez mereça um pró-labore mais gordo.


Preveja variações de lucratividade

E olha, negócios - especialmente os pequenos - têm seus altos e baixos. Então, se prepare para meses mais enxutos e considere um valor base um pouco mais modesto, mas pense em bonificações quando as coisas estiverem bem.


Considere benefícios e compensações adicionais

Não fique preso só ao pró-labore fixo. Já pensou em bônus, Participação nos Lucros ou outros incentivos? Às vezes, recompensar o esforço extra sem apertar o caixa mensalmente é uma boa.


Equilíbrio é a chave. Defina um pró-labore que faça sentido, seja justo, e que não afunde a empresa. E, de tempos em tempos, dê uma revisada nesses números. O mercado muda, e seu pró-labore também pode precisar.


Quais impostos devem ser pagos pelos sócios?

Navegar pelo emaranhado do sistema tributário brasileiro não é tarefa fácil, especialmente quando você é sócio de uma empresa. Não se trata apenas dos impostos da empresa, mas também de como sua remuneração é tributada. Vamos entender melhor isso?


Imposto de Renda (IR)

No pró-labore, a mordida vem direto na fonte. Dependendo do quanto você recebe, a alíquota pode variar entre 7,5% e 27,5%. Já a distribuição de lucros traz uma boa notícia: geralmente, não é taxada pelo IR. Mas cuidado! Garanta que essa distribuição esteja bem embasada em um balanço patrimonial e que a casa esteja em ordem com o Fisco.


INSS

O pró-labore não escapa: há uma contribuição previdenciária. O sócio contribui com 11% e a empresa com 20%, até um limite definido pelo governo. Quanto à distribuição de lucros, pode respirar aliviado: não há INSS sobre ela.


CSLL e IRPJ

Não podemos esquecer da CSLL e IRPJ. Mesmo que indiretamente, eles afetam os sócios, pois são tributos sobre o lucro da empresa. E, claro, o lucro menor pode significar menos dinheiro no bolso dos sócios.


Impostos pessoais

Se você tem outras fontes de receita, fique atento aos impostos pessoais. Dependendo do volume e tipo, pode ser preciso declarar e pagar mais no seu IRPF. Registrar tudo em detalhes é essencial.


Além disso, existem outras contribuições que podem aparecer, variando com a atividade da empresa e seu regime tributário.


Para finalizar, uma dica de ouro: não tente enfrentar esse labirinto sozinho. Mantenha um
contador ou especialista fiscal por perto. Eles serão seus guias, garantindo que cada centavo devido seja pago, sem surpresas desagradáveis no caminho.


A importância de buscar a orientação de profissionais e consultoria financeira

Navegando pelo mar do empreendedorismo, cada decisão financeira é como o batimento cardíaco do seu negócio. E, acredite, um simples deslize pode ser a diferença entre voar alto ou cair. Dado esse desafio, não tem como negar: precisamos da bússola de profissionais especializados e da sabedoria de uma consultoria financeira.


Mesmo que você ache que domina todos os cantos do seu negócio, tem coisas que só uma
visão de fora capta. Aí entra o consultor, com sua perspectiva única e o know-how do mercado.


Esqueça os “achismos” na hora de decidir. Munido de
dados, análises e um bom entendimento do mercado, um especialista oferece aquela clareza que faz suas decisões serem não só mais assertivas, mas também estratégicas.


Pode até parecer que você está gastando demais com consultoria agora, mas pense no que vai
economizar lá na frente. Evitando buracos, aproveitando ao máximo seus recursos e ampliando lucros, no final, você vai ver que valeu cada centavo.


O mercado financeiro não para de mudar, assim como as táticas de gestão. E quem tá por dentro de tudo? O consultor. Ele traz pro seu jogo as
últimas novidades e tendências.


Empreender, no fim das contas, é um
eterno aprendizado. E, nessa caminhada, ter alguém experiente para te guiar pode ser o diferencial entre crescer firme e forte ou se perder pelo caminho.


Quer mais dicas sobre o mundo do empreendedorismo?
Confira todos os artigos que temos sobre o tema no nosso blog para ajudar a decolar o seu negócio!

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